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Mais de 350 manifestantes presos na Venezuela

25/01/2019 10:23 em Noticias
Mais de 350 pessoas foram presas na Venezuela nesta semana em manifestações contra o regime do presidente Nicolás Maduro, disse o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, que pediu "conversas imediatas".
O objetivo dessas "conversas imediatas" é apaziguar a tensão.
A chilena Michelle Bachelet disse em um comunicado que seu escritório recebeu "informações sobre as prisões em massa de manifestantes - mais de 350 no total (esta semana), incluindo 320 em 23 de janeiro".
A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, condenou hoje a violência e repressão contra manifestantes na Venezuela que causou pelo menos 20 mortes e 350 prisões.
Ele também pediu para investigar esses fatos e um "diálogo imediato para relaxar a atmosfera tensa" no país. "Estou extremamente preocupado porque a situação na Venezuela pode rapidamente escapar do controle, com consequências catastróficas", disse o ex-presidente chileno em um comunicado.
Bachelet enfatizou que a Venezuela é vital para evitar uma repetição da repressão documentado pelo órgão regulador em 2017, especialmente no que diz respeito a execuções extrajudiciais, detenções arbitrárias frequentes, restrições à liberdade de reunião e de expressão e os ataques indiscriminados.
Pelo menos vinte pessoas, de acordo com informações compiladas pela ONU, foram mortos a tiros pelas forças de segurança ou grupos armados pró-governo após as manifestações contra o governo de Nicolas Maduro e apoio para o presidente autoproclamado Juan Guaidó.
"Qualquer incidente violento que resulte em mortes ou ferimentos deve ser submetido a uma investigação independente e imparcial para determinar se houve uso excessivo da força pelas autoridades ou grupos armados", afirmou o alto comissário.
As Nações Unidas também receberam relatos de ataques a propriedades nas áreas mais pobres de Caracas, a capital venezuelana, onde mais de 180 atos de protesto foram realizados durante a semana.
Antes de tudo isso, Bachelet pediu às autoridades venezuelanas, "especialmente às forças de segurança, que demonstrassem moderação e respeitassem o direito de demonstrar e exercer pacificamente a liberdade de expressão".
Ele também pediu que os líderes políticos venezuelanos iniciem imediatamente as conversas a fim de amenizar as tensões e "encontrar uma solução prática de longo prazo para a persistente crise social, política e econômica do país".
Ele lembrou que essa situação forçou três milhões de venezuelanos a deixar seu país, enquanto "milhões mais vivem em condições totalmente miseráveis". Um porta-voz do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos acrescentou em entrevista coletiva que não está em contato direto nem com o governo de Maduro nem com Guaidó.
Ele preferiu, nesse sentido, não comentar a atual situação política na Venezuela, em que parte da comunidade internacional reconheceu Guaidó como o legítimo presidente do país sul-americano depois de se proclamar como tal em 23 de janeiro.
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